Agora, mais do que nunca, o Cruzeiro precisa da união de
todos: comunidade, torcedores, empresários, Câmara de Vereadores e Prefeitura.
A diretoria do clube, junto de simpatizantes, torcedores e, em especial, da
torcida organizada Império Azul, liderada por Terry Lacerda, tem se empenhado
ao máximo para evitar que o clube perca sua casa.
Mobilização na Câmara de Vereadores
Uma manifestação está marcada para esta quinta-feira, 26 de
junho, às 18h30, na Câmara de Vereadores de Cachoeirinha. O objetivo é
sensibilizar os parlamentares e buscar apoio institucional para impedir o
leilão e garantir a permanência do estádio com o clube.
Um clube com história centenária
Fundado em 1913, o Cruzeiro é um dos clubes mais antigos do
estado e carrega com orgulho o título de "Pioneiro na Europa". Foi o
primeiro time gaúcho a excursionar pelo Velho Continente, na década de 1950,
enfrentando potências como Real Madrid, Lazio e os três gigantes da Turquia:
Besiktas, Fenerbahçe e Galatasaray.
Outro fato curioso da história cruzeirista é a breve
passagem do cantor Diogo Nogueira, que atuou como atacante no clube em 2005,
antes de uma grave lesão no joelho abreviar sua carreira nos gramados.
Hoje, o cenário é bem menos glamoroso: o clube disputa a
terceira divisão do futebol gaúcho e tenta na Justiça manter o direito sobre a
Arena Cruzeiro, que tem capacidade para 16 mil torcedores.
Entenda o caso do leilão
O estádio está envolvido em um complexo processo judicial.
Segundo a leiloeira responsável, o Estádio Dirceu de Castro possui 11 penhoras
e 15 indisponibilidades de bens, decorrentes de ações movidas por ex-jogadores
e pela Fazenda Nacional.
Contudo, o clube contesta, afirmando que a maioria dessas
pendências está relacionada a outros terrenos que não fazem parte da arena. A
penhora do estádio se baseia em uma ação de 2013, movida por um corretor de
imóveis que alegava ter valores a receber pela exclusividade na venda do antigo
Estádio Estrelão.
Os advogados do clube sempre negaram a dívida, apontando
erros judiciais no processo, como a desconsideração de pagamentos realizados e
a intimação feita com CNPJ de outro clube Cruzeiro, da cidade de Dom Pedrito.
Além disso, a perícia teria subavaliado o estádio, cujo valor real superaria os
R$ 30 milhões – mais que o dobro do que foi estipulado para o leilão.
O presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Doering,
destaca que as inconsistências apresentadas pela defesa ainda não foram
devidamente analisadas pela Justiça. Caso o processo siga adiante sem
correções, o risco de prejuízo para todas as partes envolvidas é alto.
Mesmo que o estádio seja arrematado, o negócio poderá ser
contestado por inúmeros recursos e o imóvel pode permanecer intocável por anos.
O futuro do Cruzeiro está em jogo
A torcida é unânime: se o Cruzeiro perder o estádio, o clube
pode ser extinto. A situação é crítica, mas ainda há tempo para reverter o
cenário. A união da comunidade e o apoio do poder público serão fundamentais
para garantir que este símbolo do futebol gaúcho continue vivo.
Mais informações no http://www.esportecachoeirinha.blogspot.com.br/
http://arenadocruzeiro.blogspot.com/
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